29 de outubro de 2006

Ninguém agüenta

Hoje vou às ruas, faço um certo esforço e me lembro vagamento quando dia de eleição era um dia de festa, quando ia com meu pai a pé até a zona eleitoral que era quase em outro bairro e durante o caminho podia ver a expressão de satisfação e certeza das pessoas que iam e voltavam de seu 'dever cívico'.

Hoje saio às ruas para vê-las apáticas, a cada ano (ou quatro) mais e mais e creio agora que apenas aqueles tiveram este direito negado e brigaram tanto por tanto tempo para tê-lo ainda consigam extrair o verdadeiro prazer do ato que lhes foi privado durante décadas.

Imagino que apenas aqueles representantes da geração que fez 18 anos em 1964 ainda possam estar radiantes, fazendo discursos, acompanhando campanhas, lendo propostas e saindo pra votar cheios de orgulho e esperança pensando estar fazendo algo bom por seu país.

Dê a essa galera mais 12 anos de vida, ou 3 eleições e eles estarão lutando pelo voto facultativo.

0 Comentários:

Postar um comentário

Assinar Postar comentários [Atom]

<< Página inicial