26 de março de 2010

O Livro de Eli (2010)

Árido em cores, mas fecundo em esperança O Livro de Eli se desenrola como uma jornada western, com Denzel Washington no lugar de Clint Eastwood e o devastado futuro pós-apocaliptico no papel de Velho Oeste.

Nesse futuro sem lei onde sobrevivência é luxo e todas as necessidades se baseam em ter água pra beber e onde os predadores dos humanos são os próprios humanos, Eli (Denzel) segue inabalável em seu caminho de fé rumo ao oeste, não se deixando vencer por obstáculos mas não hesitando em decepar mãos ou atravessar jugulares quando necessário.

A direção de arte é impecável com tons sempre desaturados em alguns momentos beirando o preto e branco. Como quando Eli caminha no deserto que se tornou os Estados Unidos planos muito abertos mostram a desolação do lugar e quando encontra um grupo de marginais sob a sombra de um viaduto a luta se dá num interessante plano sem cortes em que vemos apenas as silhuetas se degladiando.

O filme insiste em manter segredo sobre o livro do título por quase 1 hora embora o espectador já tenha desvendado muito antes, alia-se a isso essa meta meio vazia e de propósito desconhecido mesmo pelo protagonista e fica difícil para o filme nos convencer a embarcar na aventura, mas o espectador, homem de fé que só, acompanha tudo com a esperança de que será recompensado ao final e quando uma série rápida revelações simultâneas dão ao filme a surpresa e o efeito WTF que estavamos esperando, você quase tem a justificativa das suas duas horas.

The Book Of Eli (2010), dir. Albert & Allen Hughes

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